A PROMESSA DO BARÃO DO EXU-PE
O nosso belo
Araripe
De história
e tradição
Reduto
alencarino
Relicário do
Barão
Que fez
promessa com fé
E a cólera
não tomou pé
Em Exu nosso
sertão.
Nas paragens
de Exu
Com o
Brígida a margear
Muita
história ocorreu
Que dá gosto
relembrar
Uma delas é
a promessa
Que o Barão
fez com pressa
Pra da
cólera nos livrar.
Contemplando
o milagre
Se encheu de
gratidão
Contratou
logo arquiteto
Deu início a
construção
O Barão que
não se cansa
Mando buscar
na França
A imagem de
São João.
Foi no
século dezenove
Quando o
fato aconteceu
No ano
sessenta e oito
A
inauguração ocorreu
Com festejos
a São João
Até a quarta
geração
Pois o barão
prometeu.
Cumpriu-se
assim a promessa
Com o barão
e os descendentes
Sem nunca
falhar os festejos
Até o tempo
presente
Além da
quarta geração
Permanece a
tradição
Pelo clã
remanescente.
Assim a
família Alencar
Permanece a
guardiã
E todo ano
se reúne
Num
verdadeiro afã
Com amigos e
parentes
Junto aos
descendentes
Do Barão e
todo clã.
Cada ano se
repete
Com a mesma
maestria
Preservando
a tradição
Dessa tão
nobre família
Enquanto
tiver Alencar
Os São João
vão festejar
No Araripe
com alegria...
A bela vila
Araripe
Preserva o
seu cenário
E celebra
hoje em festa
O seu
sesquicentenário
E relembra
todo ano
Desde
Gualter Martiniano
Seguindo o
itinerário...
Não temos
mais os Gonzagas
Com toda
animação
Com Januário
e Santana
Fiéis dessa
devoção
Ficou tudo
na memória
Eternizados
na história
Na voz do Rei
do Baião.
Não temos
mais o seu Sete
Sinharinha
dos canários
Nova, Nenem
e Baia
Presentes no
novenário
Seu Clóves,
Sinhá e Ita
Que saudade
infinita
Martim,
Brígida e Nazário...
Foi nesse
belo recanto
Que dá gosto
relembrar
Viveram
grandes nobres
Que é
orgulho do lugar
Bárbara a
grande heroína
E o Barão
que nos fascina
E o Gonzagão
a cantar...
Com a
família reunida
E a promessa
confirmada
Diante desse
milagre
Com a fé
testificada
A família
Alencar
Faz questão
de preservar
Essa festa
animada.
São cento e
cinquenta anos
De cultura e
tradição
Com Gualter
Martiniano
Nosso
saudoso Barão
Seus feitos
estão na história
E inspirou a
trajetória
Do eterno
gonzagão!
Essa tal
peste de cólera
Que assolou
a região
Deixando um
rastro de morte
Uma insana
maldição
No Exu
domínio seu
Nem um óbito
ocorreu
Com a
promessa do barão.
E depois de
tanto tempo
Todo junho é
tradição
Os Alencar
continuam
Com essa
celebração
Reunindo os
descendentes
Até o tempo
presente
Além da
quarta geração.
Juarês Alencar Pereira.
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